Por Samuel Reis
Quando trata-se de língua, somos apresentados a vários adjetivos que nos trazem reflexões duras, mas necessárias, e este tema foi me apresentado quando estava lendo: “porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano” (I Pedro 3:10).
A vida é uma dádiva de Deus, e o mínimo que se espera de nós, privilegiados, é o “amar a vida”, que para valer a pena precisa de bons dias. No entanto, por muitas vezes não nos atentamos aos ensinamentos bíblicos, e esquecemos do poder que temos, a partir da nossa língua, tanto para nos abençoar quanto para trazer muito mal para nossas vidas.
Poderia aqui trazer vários outros momentos onde existem conselhos sobre o cuidado que temos de ter, para que este pequeno membro não nos traga um grande mal: “vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia”(Tiago 3:5).
É importante lembrar que é a partir da língua que há a profecia, que é um dom buscado pela grande maioria daqueles que seguem a Cristo, e que é a partir dela que podemos expressar nossa gratidão em forma de louvor, cântico, palavra, entre outras importantes ações cotidianas.
Fico pensando que, o tempo que temos para abençoar a nossa vida e emitir palavras de benção ao nosso irmão, também pode ser utilizado para xingamentos, fofocas e tantos males que não fazem apenas mal para aqueles que são agredidos, mas principalmente para nós. Afinal, a palavra nos admoesta de que, se desejamos uma vida abençoada, é necessário o freio em nossa língua.
Muitas vezes me peguei refletindo sobre um ato hipotético, onde alguém observa seu irmão cometendo alguma falha ou erro e decide espalhar para toda a comunidade aquilo que presenciou. Meu questionamento ao fato foi o seguinte: Quem errou mais?
Claro que a resposta não isenta alguém que cometeu um erro ou falha, do justo pagamento por isto, mas, não tenho a menor dúvida de qual deles trouxe maior prejuízo a ação de apresentação do evangelho àqueles que ainda não conheceram a grandiosidade do nosso Deus.
Acredito que irmãos deveriam viver em irmandade, buscando orar uns pelos outros. Neste cenário, caberia uma ação diferente do ato de escandalizar seu irmão, que claramente potencializa um ato que ficaria restrito a poucos.
Acredito que a pior sentença para o ato aqui descrito, está em: “ai daquele homem por quem o escândalo vem” (Mateus 18:7).
Para alguns o escândalo veio de um e para muitos ele veio de uma narrativa potencializada por um fofoqueiro e, este deveria ser o temor de todos aqueles que, ainda não entenderam o mal que é expor a nudes do seu irmão, da sua igreja…
Ao final, meu desejo é que todos tenham uma boa vida e, isto só será possível com mais oração e menos fofocas. Também agradeço a Deus pela oportunidade de poder, mais uma vez, compartilhar reflexões, desejando a todos uma ótima semana.
Que a misericórdia de Deus esteja conosco nos momentos de fraqueza e que suas bênçãos possam iluminar nossos dias, como lâmpadas para nossos pés!
Uma boa vida,
