Artigo da série sobre Qualidade de Vida
Após diversos artigos tratando o “culto ao corpo” como uma forma de vaidade que não deveria ter a influência que tem, a vida me proporcionou, nos últimos meses, a oportunidade de conhecer pessoas do universo fitness que me inspiraram a escrever este artigo, base para minha coluna da semana.
Antes que você desista de ler minhas reflexões, peço que tenha paciência e siga até o final. Continuo defendendo que, entre os pilares da qualidade de vida (corpo, mente e alma), o pilar que merece maior atenção é o da alma/espírito. Afinal, uma pessoa com enfermidades de alma não encontra atitude nem motivação para cuidar do corpo ou da mente, temas que já abordei em outros artigos sobre autoconhecimento, autoavaliação, análise SWOT, entre outros.
Mas, Samuel, se você não mudou sua posição, qual é o motivo deste artigo?
O motivo é que, em minhas reflexões, posso ter subestimado a importância de conceitos envolvidos naquilo que denominei filosofia por trás da cultura fitness. A verdade é que os atletas de fisiculturismo, ou mesmo aqueles que buscam um “shape” perfeito, desenvolvem habilidades essenciais para todos nós.
A primeira habilidade que destaco é a superação. É impressionante como, em uma academia, há diversos exemplos de pessoas que, ao perceberem os primeiros resultados de mudança no corpo, conquistam autoestima e fé para superar dificuldades que antes pareciam intransponíveis. Nesse caso, devo admitir que a disciplina necessária para quem busca resultados faz com que esses sejam muito celebrados. Como exemplo de história de superação, lembro-me de uma parte da entrevista que fiz com a campeã de fisiculturismo Fabi Carvalho, que relatou ter se preparado e se tornado campeã após os cinquenta anos, competindo com “meninas de 30”.
Ainda na entrevista com Fabi Carvalho, percebi outro tema muito presente na pesquisa que realizei para este artigo: saúde e bem-estar. É comum vermos páginas do universo fitness focadas na educação alimentar e nos cuidados com a saúde, sempre destacando a importância de um corpo sadio para que a mente também se mantenha saudável.
Não se pode desprezar a questão da estética, e talvez seja nesse ponto que encontramos uma das maiores problemáticas dessa cultura. Questiono-me sobre o quão acolhedora é a cultura fitness para aqueles que não têm a mesma capacidade de desenvolver o “shape sarado”. Contudo, devo admitir que o cuidado com a estética traz maior autoestima às pessoas, o que é essencial para qualquer ser humano que deseja realização em sua vida pessoal ou profissional.
Poderia continuar apresentando pontos positivos que descobri na cultura fitness, e sou grato por ter conhecido pessoas como o personal trainer Robson Oliveira e a fisiculturista Fabi Carvalho. Continuo defendendo que as pessoas precisam, primeiramente, cuidar de sua vida espiritual, pois um desequilíbrio na inteligência (conexão entre mente e espírito) pode levar alguém a frequentar uma academia e, ao não obter resultados rápidos, buscar meios que prejudiquem gravemente sua vida, como o uso de anabolizantes. A falta desse equilíbrio mental também pode levar a dietas impossíveis e outras atitudes extremas em busca do shape perfeito.
A verdade é que nunca defenderei o “vale-tudo” pelo resultado e serei sempre radical na defesa de que a vida espiritual traz equilíbrio para tudo o que pretendemos fazer. No entanto, independentemente das minhas convicções, fico muito feliz em conhecer uma cultura que representa disciplina, superação, saúde, cuidado com o corpo e desenvolvimento de uma mentalidade vencedora.
Por fim, convido você a assistir ao Programa Fala Professor, Especial Fitness (com entrevista com a campeã de fisiculturismo Fabi Carvalho), que irá ao ar hoje, às 18h, no YouTube da Tume TV Web.
link: https://www.youtube.com/@TUME_TV_WEB



