HALLOWEEN: VOCÊ SABE O QUE REALMENTE ESTÁ COMEMORANDO?

Tudo me é lícito, mas nem tudo…

Tudo me é lícito, mas nem tudo…

Hoje é dia de falarmos um pouco mais sobre o Halloween, e nada melhor do que voltar um pouco no tempo, para que as considerações finais se tornem mais claras.

O que chamamos hoje de Halloween teve início como Festival Celta Samhain, há aproximadamente 2.000 anos antes de Cristo. Este nome, Celta Samhain, remete a duas informações que valem a pena explicar melhor. Celta vem do povo celta, que era um povo que morava na Escócia, País de Gales, Inglaterra e em partes da França. Já Samhain é um termo que resume o período entre o fim do verão e o início do inverno.

O contexto do início do festival em questão, tratava-se de uma época profundamente pagã e politeísta, ou seja, um povo com muitos deuses.

Diante do cenário apresentado, acreditava-se que o Samhain, era um período em que a barreira entre o mundo dos vivos e o dos mortos se enfraquecia, permitindo então que espíritos retornassem à Terra.

Pelas minhas pesquisas, enquanto se tratava de uma festa do povo celta, não era uma celebração muito conhecida. Isso começou a mudar em aproximadamente 700 anos depois de Cristo, quando o Papa Gregório III instituiu o Dia de Todos os Santos para o dia primeiro (01) de novembro, e foi nesse momento que a expressão “All Hallows’ Eve” (véspera de todos os santos) tornou-se popular, sendo reduzida posteriormente a Halloween.

Se nesse período havia a crença de que, no dia 31, havia a liberação dos mortos, percebemos aqui que, por livre interpretação, seria possível imaginar que, se os mortos são liberados, então estamos falando de pessoas ruins e também de santos, ou seja, existe uma mistura entre crenças.

Passando rapidamente pelo tempo, a festa que se popularizou com o povo celta foi levada por eles aos Estados Unidos da América, onde o Halloween se tornou uma das festas mais comemoradas até hoje.

Antes das minhas considerações finais, quero me debruçar um pouco sobre uma figura muito reverenciada no Halloween, que é Jack O’Lantern. Afinal… quem conhece uma festa de Halloween que não tenha uma brincadeira com lanternas, principalmente colocadas de baixo para cima?

Segundo a lenda, Jack, que era um homem astuto, beberrão e trapaceiro, se encontrou com o diabo e o enganou. Após sua morte, como o diabo não o queria no inferno e Deus não o aceitaria no céu (em função de suas obras más), ele foi condenado à escuridão eterna, iluminada apenas por uma “lanterna” — um pedaço de carvão em brasa, dado pelo diabo.

No Brasil, o Halloween começou a se popularizar em escolas de inglês e, posteriormente, em outros espaços de ensino da língua e cultura inglesa. Por aqui, além do Halloween (31 de outubro), que já conhecemos a história, e do Dia de Todos os Santos (01 de novembro), também temos o Dia de Finados (02 de novembro), ou seja, temos então um período dedicado à reflexões relacionadas à morte.

No Brasil, sempre foi muito polêmica a pergunta sobre se devemos ou não comemorar o Halloween, e muitos fazem questão de dizer que não há nenhuma relação com religião — o que facilmente é desmentido pelos fatos acima narrados.

Até aqui, meu texto foi destinado a todos os amigos leitores. A partir daqui, quero deixar claro que se trata de uma opinião pessoal, e que não há, de minha parte, nenhuma intenção de julgamento a quem gosta de celebrar as datas em questão.

Sou um seguidor dos evangelhos de Cristo, e uma pergunta que diariamente faço, quando sou confrontado a tomar atitudes difíceis, é: O que Jesus Cristo faria?

Mesmo que não haja nenhum verso nos evangelhos tratando diretamente sobre o assunto Halloween, fico imaginando: será possível que Jesus Cristo — aquele que deixou uma mensagem clara sobre: salvação, desprendimento das coisas materiais, investimento na caridade, entre outros conceitos que mostram uma maneira leve de como aqueles que Nele creem devem lidar com a morte — apoiaria que seus seguidores destinassem um dia para valorizar espíritos caídos, com um personagem de uma lenda que é usado como decoração nas festas, sendo este um trapaceiro e beberrão, condenado a viver na escuridão, segundo a própria lenda?

 

Me impressiona o fato de evangélicos, que em tese seguem o evangelho de Jesus Cristo, não enxergarem nenhum problema no Halloween, sendo que, por muitas vezes alguns deles incentivam seus filhos a se fantasiarem de bruxa, monstros, abóbora com a lanterna do Jack dentro ,entre outras fantasias “assustadoras”.

O Apóstolo Paulo já dizia:

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (1ª Coríntios 10:23)

Como dito anteriormente, minha intenção não é apontar o dedo para ninguém, mas é necessário refletir. Pois aqueles que seguem a Jesus Cristo foram impactados por uma mensagem de vida — e vida com abundância — e, nesse contexto, não vejo como apoiar qualquer realização de festa que remeta à morte, mesmo que esta seja apresentada de forma lúdica.

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