13º artigo da série sobre os pilares da qualidade de vida
“Até quando amareis a vaidade e buscarei a mentira?” (Mateus 5:6)
Dentre todas as referências que li, algo é comum em como a vaidade é descrita, e esta similaridade está no fato de que ela é sempre apresentada como o culto e valorização excessiva de algo que é depreciável. Então, em resumo, tudo que é vaidade, um dia se acabará.
É fato que estamos em uma época onde a acessibilidade propiciada pelas redes sociais, tem levado este “culto ao perecível” ao grau mais elevado já visto, e com isso, mostrar aquilo que se têm, se tornou muito mais atrativo do que a valorização de conhecimentos que permitam o desenvolvimento intelectual, emocional e principalmente espiritual.
A impressão é que, aquilo que não se pode postar, e que não nos coloca em uma posição de destaque; não vale a pena ser valorizado.
Uma parte do Sermão feito por Jesus Cristo, se torna algo necessário de reflexão, pois Ele ao nos orientar para investir naquilo que “é do céu” em detrimento daquilo que é perecível:
“porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Mateus 6:21)
É justamente nesta reflexão sobre tesouro, que me deparo com o principal questionamento deste artigo:
“Estamos dispostos a investir nossas energias em um tesouro que não dá like, nem recursos financeiros?”
Se neste momento pudéssemos completar a frase:
SOU FELIZ PORQUE…
Penso que a maioria das pessoas completaria essa frase com algo ou alguém que é perecível, ou seja, que um dia deixará de existir. E, esta constatação é muito preocupante pois, ao atrelar nossa felicidade a algo que pode deixar de existir em pouco tempo, o nosso coração está em risco, e isto poderá nos levar a um caminho que não tem um bom destino.
Investir nas coisas do céu, significa investir naquilo que é espiritual, e ao falarmos dos pilares da qualidade de vida (corpo, mente, alma), fica nítido que nosso coração precisa estar naquilo que é intangível, e que nos permitirá ter sentimentos nobres como: amor, compaixão, perdão, respeito, empatia, humildade, mansidão… ou seja, estamos falando de sentimentos, que nos levarão a ter saúde em todos os campos, inclusive no que diz respeito à saúde física.
Nosso Senhor Jesus Cristo, ao resumir a conduta cristã, como sendo aquilo que represente: “amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como se fosse nós”, Ele nos coloca em um “modelo”, que só quem investe seu tempo em alimentar sentimentos bons e a busca pela perfeição, tendo como espelho apenas nosso Senhor Jesus Cristo, poderá atingir.
Naqueles que investem na busca pelo equilíbrio espiritual, há: paz; bons conselhos; boa amizade; alegria que independe de incentivos materiais (bebidas, vícios, drogas…); enfim… há nos investidores dos tesouros do céu, uma alegria transbordante,que permite ser benção para aqueles que estão ao seu redor.
Agora… me pergunto: qual é o futuro daqueles que sua alegria está em mostrar um corpo que um dia se tornará pó, um carro que deprecia, uma beleza que envelhece, uma mente que após alguns anos não terá a mesma perspicácia, etc.?
O pior é que, mesmo dentro de igrejas, que anunciam o evangelho de Jesus Cristo, não faltam exaltações as conquistas de bens materiais ou a uma posição de autoridade alcançada, isto em detrimento de conquistas espirituais, como: dons, conversões, curas, etc.
Em que momento deixamos a vaidade se tornar mais importante do que a verdade?
Quando falamos que alguém é “de verdade”, claramente estamos dizendo que ele ou ela, não utiliza de artifícios para mostrar que é algo que não é, e isso sempre foi visto de forma muito positiva.
A verdade libertadora está na descoberta de que, aquilo que compramos, não nos define, e a valorização das riquezas materiais é uma vaidade que não levará o ser humano a conhecer o que há de mais belo, e que:
Foi ocultado dos “sábios e entendidos” e revelado “aos pequeninos” (Mateus 11:25)



